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Márcia Doring

Multitarefas, será que isso é possível mesmo?

Sabe quando você está com um volume absurdo de trabalho, mas não consegue ter o seu desempenho de sempre nem nas tarefas mais simples? Termina o dia com a sensação de que não fez nada, mas trabalhou muito e está completamente esgotado?


Já reparou que quando nos dedicamos a um assunto, de forma plena e concentrada voltamos a ter aquele bom desempenho do passado e é muito prazeroso?


O motivo disso é que não conseguimos ir de uma tarefa a outra, de contextos diferentes sem perda de tempo durante a transição, e a perda é muito maior do que aguardar a abertura de um novo arquivo, é como que precisássemos vencer uma inércia para desacelerar de uma atividade, até acelerar na outra. Fazendo essa analogia chega a ser um processo até neurótico, se pensarmos como tem sido nossos dias nos últimos meses.


Com a justificativa de sermos multitarefa, estamos nos perdendo e deixando de entregar o nosso melhor, com isso ficamos frustrados, desanimados, e trabalhamos muito mais horas achando que o que está faltando é empenho, quando na verdade o que está faltando é organização. O mais grave é que adoecemos por causa disso.


Sabe a limitação do WIP do Kanban, o planejamento da Sprint do Scrum, o “pare de começar e comece a terminar”? São formas de limitarmos e organizarmos o nosso fluxo de trabalho e nossas tarefas.


É muito difícil fazer com que o chefe ou o cliente entendam que fazer uma coisa de cada vez é muito mais produtivo e mais eficiente. Que precisamos de um tempo para entender o contexto, elaborar e produzir uma solução para a questão que está sendo colocada.


Que em muitos casos você não precisa de uma equipe maior, somente um tempo para deixar um espaço vazio na mente e deixar que as soluções criativas surjam. Acaba sendo curioso, que nos contratam e contam conosco por conta do que podemos dar de melhor, mas não permitem que entreguemos isso.


Aquela pressão toda por querer, e muitas vezes até precisar, de muitas entregas ao mesmo tempo acaba atrapalhando muito mais do que ajudando, já que a perda de tempo na mudança do contexto faz com que fiquemos com várias “meias atividades entregues”, mas sem nada finalizado. O que causa muito mais pressão no sistema que pode até não suportar e explodir. E como somos humanos, a forma de explosão é adoecermos se não fisicamente, adoecemos emocionalmente.




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